domingo, 14 de fevereiro de 2016

Guerreiros da Lua e do Sol

Encontrei te num dia que saí de pijama de casa para dar uma volta na Ladra e voltar, nada vender nada comprar eu pedia um café, tu uma jola um pastel de bacalhau mostarda e picante, eram 8 da manha .

Cá fora chovia, sentei me na esplanada para fumar, tu perguntaste se te podias sentar na minha mesa, vinhas da noite, ainda não tinhas ido à cama. fizemos cigarros, trocamos mortalhas, a conversa sobre a teoria da relatividade, rapidamente percebemos as energias mutuas, tu querias um beijo, pedis-te, querias sentir a minha mão , dizias que enquanto sentias a minha energia não conseguias pensar em mais nada, vagabundeamos pelo jardim, procuravas sempre sentir as minhas mãos, depois veio um beijo na rua a chover, a magia dos beijos molhados roubados à chuva, nas ruas de alfama sob o temporal os nossos corpos comunicavam numa linguagem paralela ao pensamento, era ali, eles sentiam o íman, reprimir não poderia fazer qualquer sentido, e não o fizemos, beijamo-nos em todas as ruas de alfama, encharcados por dentro e por fora, refugiamo-nos numa porta aberta com vista para o tejo e fundimo-nos num orgasmo agridoce, que sabe a pouco, fujimos dali de novo pelas ruelas de alfama, aos beijos desejosos de mais e mais, dizes que me queres ver comer...vamos a uma pita shoarma e beijo te com picante . Soubes te me bem quando te vi ir à tua vida. quero mais.

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